Phishing é um tipo de crime cibernético que faz com que os usuários informem dados confidenciais sem suspeitar da ocorrência de crime. Veja os mais comuns!
por Loyane Lapa
Publicado em 25/11/2021 às 16:30
Atualizado às 16:30
Já estamos quase na Black Friday e já é possível encontrar excelentes ofertas em vários e-commerces. Contudo, são nesses períodos de grande movimentação no varejo que um tipo de golpe entra em cena: o phishing.
Antes de mais nada, o phishing é uma prática cibernética criminosa que engana o usuário a fim de praticar o roubo de dados, sem que a pessoa roubada suspeite do ato.
Por isso, conversamos com Fernando Santos, especialista em proteção de dados da Certsys, companhia de tecnologia da informação focada em Inovação e Transformação Digital sobre esse tipo de crime.
De acordo com Fernando, phishing (que vem do inglês fish. Peixe, em português) é a prática de “pescar” o internauta por meio de ofertas chamativas para que ele clique em um link malicioso.
“De cópias idênticas de sites oficiais de grandes marcas a perfis falsos de empresas em redes sociais, tudo é pensando para captar dados pessoais ou bancários do consumidor da maneira mais tentadora possível, onde a ideia está na atratividade do phishing”, completa Santos.
Conforme o estudo Consumer Pulse, da TransUnion, no terceiro trimestre de 2021, 18% dos consumidores indicaram ter sido alvo de fraude digital. Já dados da Verizon mostram que, em 30% das violações de dados no ano passado, o phishing foi utilizado com sucesso.
Com isso, percebe-se a presença desta fraude na vida das pessoas. A seguir, conheça os quatro tipos mais comuns de ataques de phishing para evitar golpes durante a jornada de compra na Black Friday.
Grandes lojas apostam todas as suas fichas no evento mais rentável para o varejo brasileiro. Por isso, as melhores promoções e oportunidades são reservadas para o período como formas de chamar a atenção do consumidor.
Se aproveitando dessa estratégia, muitos golpistas criam páginas idênticas às originais de gigantes do varejo. Cores, logomarcas, disposição dos ícones, rodapé iguais e até falsas avaliações de usuários são criadas para que o leitor clique e caia nas malhas dos fraudadores.
Então, preste muita atenção no endereço do site e como está escrito. Há pequenas “armadilhas” como letras duplicadas ou retiradas.
Abrir a caixa de mensagens e deparar-se com aquele smartphone pela metade do preço. A chance fica melhor ainda porque junto da promoção já vem anexado um boleto com valor pechinchado. O cenário é perfeito se não fosse golpe.
Muitos golpistas escolhem o e-mail para atuar de maneira maliciosa. Cuidado ao receber descontos de produtos fora do normal. Desconfie de televisores de LED, pacotes de viagens e outros itens de alto valor agregado que estejam com preços super reduzidos.
Pesquise no site oficial das lojas e também em outros sites, caso ainda tenha dúvidas ligue na central de atendimento para verificar a autenticidade da oferta. Evite pagamentos via boleto e sempre verifique a razão social e o CNPJ da loja no boleto a fim de saber se tudo consta normalizado antes de efetuar o pagamento.
O famoso aplicativo de conversa, usado por 10 entre 10 brasileiros, também virou espaço para a atuação maliciosa de golpistas durante o período da Black Friday. Links suspeitos, com promoções tentadoras, são enviados diariamente com o intuito de sequestrar dados pessoais e bancários do usuário.
O reforço do alerta vai para pais e avós, que costumam usar o app como ferramenta de comunicação. Compartilhe com os familiares sobre os perigos de clicar em links que indicam ofertas surreais e oferecem com facilidade limites de cartões de crédito e condições especiais de parcelamento.
Se antes os perfis falsificados possuíam fácil identificação com erros gramaticais grotescos, ou anúncios de mercadorias com preços bem abaixo do normal, hoje o cenário é outro. Assim como nos sites, nas mídias sociais tudo é feito de forma milimétrica para ficar parecido com o original.
Inclusive há quem crie selos de verificação para confundir o consumidor. Em outros casos, perfis oficiais são hackeados e passam a vender produtos “oficiais” pelas suas redes sociais, onde a fraude ocorre com o consumidor e, também, com o dono oficial do perfil que foi roubado. Em casos de desconfiança, fale com a central de relacionamento, mas veja se o mesmo número/endereço consta em todas as páginas da marca na internet.
“A Black Friday é a primavera dos criminosos na internet. Por isso, todas as pontas do varejo precisam de precaução e proteção. O consumidor para não barrar a sua experiência de compra; e as empresas para assegurarem a integridade dos dados dos seus usuários em um dos momentos mais importantes da economia brasileira”, finaliza Fernando Santos.